quarta-feira, 21 de março de 2012

Boneca

Quartas-feiras: a Quinta está aberta ao público das 11h ás 17:

*podem vir ao Mercadinho (está tudo uma delícia!);
*podem vir provar o nosso vinho (directamente do barril :0);
* ou podem vir visitar a "Boneca" (que adora companhia e
tem uma paciência santa com as crianças:)!

A Boneca gosta de maçãs e adora pêras. Não gosta de figos. Tem medo do carrinho de mão.
Gosta de festas no nariz e que lhe digam olá quando passam por ela.

domingo, 11 de março de 2012

Bio-Feiras e Mercados Bio

Temos o prazer de anunciar que abrimos as nossas portas para alojar a :



que tem como objetivo criar um espaço e momento para as pessoas se encontrarem num ambiente
familiar e artístico assim como estimular uma economia e estilo de vida mais saudável e sustentável.
A Bio-Feira ArteSanaTe é de profundo respeito pela Vida em todas as suas formas e de respeito para
com a Terra. Pretende-se que seja uma demonstração pacífica de integração social, apelando ao respeito, paz e saúde de todos.

Para saber mais sobre a 1a Bio-Feira do Algarve visite o blog: http://biofeira-artesanate.blogspot.com

De resto informamos que a partir de agora estaremos com o Mercadinho Bio no seguintes dias e lugares:

Terças-feiras das 10h-13h, na Praia da Luz, em frente à loja Harmony Earth,
Quartas-feiras das 12h-17h, na Quinta dos Lopes, com 10% de desconto,
Quintas-feiras das 10h-17h, no Moinho da Torre, em Budens.

Desejamos a todos uma semana cheia de saúde, energia e boa comida;)

Um abraço e até breve!

A Família Qta dos Lopes

domingo, 4 de março de 2012

Alfarroba ou o Ouro Negro



A raridade da alfarrobeira à escala planetária, tem a ver com as exigências climatéricas desta árvore da bacia mediterrânica, conhecida desde remotas eras. Ela gosta de climas secos e suaves e não aguenta geadas. No que concerne ao nosso País e para além da vertente sul da serra da Arrábida, as alfarrobeiras concentram-se, sobretudo, no barrocal algarvio, onde assumem razoável expressão económica.

A "Ceratonia siliqua L." é uma leguminosa de folha perene que logra atingir 10 metros de altura e durar cerca de 500 anos.
 Possui tronco irregular, cinzento, com ramagens largas e pendentes. As folhas são elípticas, alternas, coriáceas, compostas, de verde-escuro brilhante e agrupam-se de três a cinco pares de folíolos.
As flores, muito pequenas, aparecem reunidas em cachos axilares cilíndricos, verde-arroxeados.
 Os frutos (alfarrobas) são vagens de 10 a 30 cm de comprido por 1,5 a 3 cm de largura. Apresentam-se coriáceas, espessas e indeiscentes. Inicialmente são verdes, passando a castanho-escuras quando atingem a plena maturidade.
 As sementes de alfarroba são duríssimas. Têm forma ovóide e biconvexa e cor castanha.
 A espécie é, salvo raras excepções, dióica, ou seja, os indivíduos femininos encontram-se separados dos masculinos. Para uma frutificação eficaz, é necessário uma árvore "macho" para 25 "fêmeas" (um verdadeiro harém!). Geralmente, os frutos só aparecem (nas fêmeas, obviamente) a partir dos 15 anos.

Da alfarroba aproveita-se, sobretudo, a farinha que é a parte obtida pela trituração e posterior torrefacção da polpa da vagem. Ela contém cerca de 50% de vários açúcares, para além de fibra (celulose), proteína, cálcio, fósforo, magnésio, silício, ferro, taninos, pró vitamina A e vitamina B1.
 O produto é amplamente utilizado na indústria alimentar, como sucedâneo do cacau, em pastelaria, alimentos dietéticos e papas para bebés. Podemos dizer que o consumo de alfarroba é mais saudável porque praticamente não possui gordura (o cacau tem cerca de 23% de gorduras), nem glúten, nem cafeína, ou outro alcalóide. Em compensação, tem muito mais açúcares do que o cacau.
 Da semente, que representa apenas 10% da vagem, extrai-se a goma, constituída por hidratos de carbono complexos com elevada qualidade como espessante, emulsionante e estabilizante, utilizando-se na indústria alimentar, farmacêutica, cosmética e têxtil.
 Cada vagem costuma ter entre 10 e 16 sementes, chamadas quilates, de aspecto uniforme e peso quase invariável. Tal facto determinou o antiquíssimo uso dessas sementes para avaliar diamantes e ouro. Ainda hoje se utilizam os termos internacionais "kilat" e "karat", provenientes da designação dos grãos de alfarroba.

Em fitoterapia e atendendo às propriedades medicinais da alfarrobeira que é:

  • hipertensora,
  • laxante,
  • antidiarreica e sedativa,
  • ela está indicada para desinteria, p
  • risão do ventre,
  • enfermidades de brônquios,
  • hiper acidez gástrica
  • e sistema nervoso.




Note-se que as vagens, quando verdes, são laxantes, mas quando castanhas, produzem o efeito inverso, isto é, prendem os intestinos.
Miguel Boieiro